Dadocracia – Ep. 158 | Eleições: estratégias das campanhas digitais – parte II
No novo episódio do especial de eleições do Dadocracia, João Paulo Vicente conversa com João Guilherme, diretor de Tecnologia e Estudos Temáticos do Instituto Democracia em Xeque, para discutir sobre ferramentas e estratégias digitais que estão sendo utilizadas na campanha municipal de 2024.
No novo episódio do especial de eleições do Dadocracia, João Paulo Vicente conversa com João Guilherme, diretor de Tecnologia e Estudos Temáticos do Instituto Democracia em Xeque, para discutir sobre ferramentas e estratégias digitais que estão sendo utilizadas na campanha municipal de 2024. Além disso, o episódio discute sobre a incompreensão do verdadeiro papel da IA nas campanhas políticas e o desafio de lidar com as campanhas permanentes na internet.
E qual a expectativa deste ano em termos eleitorais e o que se destaca como ferramenta digital? O novo episódio aborda as especificidades de uma campanha municipal e relembra a primeira multa da ANPD pelo uso indevido de dados pessoais, em 2020. E discute ainda as diferenças em termos de tecnologia em comparação com outras campanhas.
João Guilherme destaca que para entender esse novo cenário, é importante considerar as diferenças geográficas e as complexidades de cada lugar, como analisa:
“Então, por exemplo, em 2018 muita gente olhou para os Estados Unidos e tinha expectativas gigantes quanto ao Facebook, isso fez com que o WhatsApp ficasse escanteado. Porque as pessoas não consideravam a diferença absurdamente grande entre os padrões de uso do WhatsApp nos Estados Unidos e no Brasil. A gente pode ver uma coisa parecida nas próximas presidenciais”.
O episódio aborda ainda as dificuldades em relação à regulação restrita sobre impulsionamento político, e outros cenários como os algoritmos de diversas plataformas, que tem priorizado conteúdos de uma ou outra campanha e incentivam a publicação de determinado tipo de conteúdo, que gera polêmica. Para João, primeiro é preciso entender quem define o que é o conteúdo político e como funcionam os algoritmos.
“Proibir, por exemplo, impulsionamento de conteúdo político provavelmente terá impacto negativo muito mais forte em pequenas organizações do que nos grandes atores e milícias digitais que não precisam disso porque podem fazer isso com um serviço mais eficiente e mais caro. Mas é importante lembrar também que os algoritmos de exposição de conteúdo das plataformas também estão relacionados à lógica de aprendizado de máquina”.
O episódio também discute sobre as fronteiras entre o que é pré-campanha, campanha, e o comportamento de figuras famosas na internet que entram para a política. Para saber mais sobre o tema e ouvir a conversa completa, ouça o novo episódio do Dadocracia “ Eleições: estratégias das campanhas digitais – parte II”, já disponível para escuta nas principais plataformas de áudio. Ouça agora!
O roteiro deste episódio é de João Paulo Vicente. A produção é de Alicia Lobato e Pedro Henrique Santos. A edição de som é da Vega Films.
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